Por: Laura Duarte
A educação é um direito básico de todos os cidadãos brasileiros previsto no Artigo 5º da Constituição Federal de 1988. É dever do Estado e da família dar essa garantia, apesar disso, durante, principalmente, o ensino médio, ficam explícitas as desigualdades e dificuldades na vida dos estudantes brasileiros.
Um desses desafios enfrentados por muitos estudantes em sua jornada de estudos é a necessidade de trabalhar durante esse período. A dupla jornada dos alunos torna o caminho mais difícil para aqueles que sonham em ingressar um dia na universidade. Antes de adentrar as especificidades dos desafios de entrada no Ensino Superior, é necessário entender melhor sua origem: a escola.
A pesquisa “Combate à evasão no Ensino Médio: desafios e oportunidades” realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan SESI), e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) constatou que apenas 60% dos brasileiros completam o ensino médio até os 24 anos. Dentro disso, uma das justificativas dadas a essa evasão foi a necessidade de trabalhar e o desinteresse em continuar os estudos.
Isso mostra, que cada vez mais distantes do ensino superior, muitos jovens acreditam que a universidade não é “para eles” e nem mesmo terminam a educação básica. Contando com esses pontos, alguns instrumentos que viabilizam a entrada dos estudantes no ensino superior são os cursinhos populares de preparação para o ENEM que buscam o ingresso através do SISU (Sistema de Seleção Unificada), do FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) e do PROUNI (Programa Universal para Todos).
Os instrumentos citados são alternativas facilitadoras já existentes para amenizar esse problema, entretanto, ainda não são suficientes para tal. Dessa forma, o sonho de fazer uma faculdade para muitos continua a ser somente um sonho, ou às vezes, nem isso.
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