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Herança viva do passado

Atualizado: 29 de nov. de 2021

Por Pedro Souza

Em um contexto organizacional no Brasil, projetos são estruturados e metas estipuladas perante a uma tentativa de inclusão dos portadores de deficiência na sociedade. No viés educacional, o direito de aprender se torna importante para o desenvolvimento das relações em grupo e como resultado, o desenvolvimento de um país. A partir disso, percebe-se uma necessidade de um olhar mais atento para as particularidades de cada indivíduo para que a propagação de certos preconceitos do passado não se repitam no presente.

Desde os primórdios da Grécia Antiga, portadores de deficiência eram considerados maldições advindas de Deuses e consequentemente estes indivíduos não participavam de competências que envolviam a sociedade e ainda, de forma mais radical, eram condenados à morte. Tal absurdo proporcionou como sequela para as próximas sociedades, a herança viva de preconceitos contra a dignidade dos portadores de deficiência até os dias de hoje.

Com o passar dos tempos, em face da ascensão de Dom Pedro II durante o Império, houve um redirecionamento em prol dos deficientes com a inauguração das escolas especiais promovendo em certo ponto a inclusão na educação e também na sociedade. Contudo, é válido salientar que mesmo após a entrada deste grupo social no âmbito educacional, é visto uma triste realidade: preconceitos históricos e ideológicos ainda se repetindo nos tempos atuais.

Durante toda a história, houve uma tentativa de inclusão. Na teoria, algo que de longe é lindo de se observar. Na prática, a falta de um padrão mínimo de infraestrutura nas escolas se torna apenas um dos obstáculos encontrados nessa dura batalha. Infelizmente os poucos projetos que permeiam para prática de inclusão são apenas uma tentativa de mascarar tal impasse. A imagem de uma utopia se faz presente e um desejo de inclusão distante da realidade.

Embora o cenário obteve mudanças, no geral, ainda é nítida a pouca preocupação em investimentos na educação de inclusão de líderes governamentais. Deve-se levar em consideração que investir na educação de inclusão é também investir em prol de relações mais empáticas da atual sociedade, e uma herança necessária para o futuro. Diante disso, com dada promoção de uma sociedade mais justa e compreendida, é possível existir relações ainda mais afetuosas e humanizadas.


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