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INFORMAL | Jogo de realidade aumentada faz sucesso ao redor do mundo

Atualizado: 22 de mar. de 2021

Tecnologia permite interação entre o mundo real e virtual, através da visualização de imagens 3D nas telas de aparelhos tecnológicos


Por Wando Moreira


O jogo de realidade aumentada, Pokémon GO, lançado em julho de 2016, se tornou ”febre instantânea” entre indivíduos de diferentes faixas etárias, em todo o mundo. O jogo, desenvolvido por colaboração entre a Niantic, Inc., a Nintendo, e a The Pokémon Company, é desenvolvido para smartphones e tem como principal objetivo a captura dos  pokémons. O aplicativo chegou ao Brasil no dia 3 de agosto e fez sucesso também em Uberlândia. Desde então, é comum encontrar pessoas – estudantes ou não – nos arredores dos campi da UFU à procura dos monstrinhos virtuais.

Um dos fatores que influenciaram para o sucesso do aplicativo é que inúmeros jogadores já tiveram algum contato com o anime que inspirou sua criação, Pokémon. Este é o caso de Daniela de Santi Silva, estudante do curso de Gestão de Informação da UFU, que começou a jogar porque assistia ao anime e tentava trazer o que via para sua realidade. “A proposta do jogo foi interessante, pois além de ser bem compatível com o que o anime mostra, pode trazer uma experiência mais próxima do real, com a tecnologia”, relata.

Outro aspecto determinante para essa “pokemania” é a questão da realidade aumentada, que possibilita aos jogadores a interação entre o mundo real e o virtual. O professor de Engenharia Elétrica e especialista em Realidade Virtual e Aumentada, Alexandre Cardoso, comenta que uma coisa interessante que o jogo trouxe foi a possibilidade de tirar as pessoas de casa para capturar os pokémons.

Segundo Alexia Pádua, professora de Pedagogia com experiência na área de Comunicação e Informação, o aplicativo proporcionou uma perspectiva bem interessante. “O jogo está fazendo as pessoas circularem por lugares que até então não percebiam que existiam, como monumentos”, afirma, ao comentar que muitas pokestops – pontos onde o jogador obtém diversos itens que podem ajudá-los enquanto treinador de pokémons – são colocados estrategicamente em locais importantes ou de grande circulação.

Apesar de todos os aspectos positivos do jogo, houve situações que levaram grande parte do público a abandonar a caçada. Segundo o professor Alexandre Cardoso, as pessoas desistem quando capturam uma grande quantidade de pokémons, o que torna o jogo fácil demais e, consequentemente, desinteressante.

Outro ponto negativo destacado por Alexia Pádua diz respeito à falta de interesse dos jogadores em relação aos locais de algumas pokestops, pois eles não buscam informações sobre eles e se preocupam apenas em capturar os bichinhos virtuais. “Eu notei, também, uma coisa interessante nas pessoas que capturam pokémons: elas se agrupam num mesmo lugar, mas não socializam, a não ser pelos aparelhos eletrônicos”, acrescenta.

De acordo com Cardoso, apesar de não ser o pioneiro em utilizar a Realidade Aumentada, Pokémon GO será lembrado desse protagonismo devido ao sucesso do anime, que resultou na grande popularidade do jogo. “É absolutamente importante entendermos o desafio de migrarmos da realidade virtual para a aumentada, e isso vai acontecer nos próximos anos”, afirma.

escolhida
O jogo Pokemón GO é disponível para os sistemas Android e IOS

REALIDADE VIRTUAL: Coloca os usuários em um mundo de fantasia, ou seja, em um mundo fora da realidade. É necessária a utilização de certos acessórios, como fones de ouvido e sistemas de captura de movimentos.


REALIDADE AUMENTADA: Permite a mistura entre o mundo virtual e o real, possibilitando a visualização de imagens 3D em aparelhos tecnológicos e abrindo uma nova dimensão na maneira como nos relacionamos com estes.

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