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Projetos da UFU auxiliam no combate a dengue nos campi

Iniciativas de professores e estudantes visam conter proliferação do mosquito e conscientizar a população

Por Duda Ferreira e Thaís Nadai


A cidade de Uberlândia apresentou um aumento de 12 vezes no número de casos da dengue registrados no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, contando com mais de 13 mil casos. A infectologista Eduarda Mendes conta que, em reunião com a Secretaria Municipal de Saúde, foi realizado um balanço de ocorrências de dengue, e os números de 2023 estão próximos aos da epidemia que a cidade vivenciou em 2019.


Para ajudar no combate a proliferação do Aedes Aegypti, discentes e docentes da UFU desenvolvem projetos para conscientizar a população a respeito da dengue. Criada pelo professor João Carlos de Oliveira, da Escola Técnica de Saúde da UFU (ESTES), em parceria com a Associação de Recicladores Autônomos (ARCA), o Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) e a Diretoria de Sustentabilidade da UFU (DIRSU), a iniciativa “Mobilização Social no Monitoramento de Vetores por meio de Ovitrampas” tem como intuito monitorar os mosquitos transmissores da doença.


Além dos projetos e iniciativas desenvolvidos pela prefeitura e pela UFU, existem cuidados que devem ser tomados individualmente para o combate à doença. É válido lembrar que a melhor maneira de combater a dengue segue sendo evitar a proliferação do Aedes aegypti, eliminando focos de água parada, que podem se tornar criadouros do mosquito em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e piscinas sem uso. Dar preferência para a utilização de roupas mais compridas (que cubram mais áreas do corpo) e o uso de repelentes diariamente, são medidas que podem contribuir para evitar o contágio. É válido ressaltar que os repelentes devem ser regulamentados pela ANVISA, cremes e outros produtos com fragrâncias não tem comprovação científica para repelir o mosquito. Também é importante estar atento aos sinais da doença, para que o médico possa ser consultado de forma imediata. Os sintomas clássicos da dengue são: febre alta com início súbito, dores de cabeça, dor atrás dos olhos, perda de apetite, náuseas, tontura, extremo cansaço, manchas e erupções vermelhas na pele, dores no corpo, nos ossos e articulações. Foto: Duda Ferreira

Utilizando “armadilhas” que conseguem visualizar se há condições de ovitrampa (presença de larvas ou possibilidades de reprodução do vetor) em locais escolhidos, os especialistas analisam em laboratório as palhetas recolhidas, onde é verificado se os ovos são viáveis ou não. Segundo o criador do projeto, João Carlos, algumas das ovitrampas estão localizadas próximas à biblioteca, no jardim das abelhas e no bloco 1A da UFU, no Santa Mônica. “Nós temos cinco ovitrampas instaladas no Santa Mônica, e toda quinta-feira à tarde fazemos a coleta das palhetas para saber a quantidade de ovos e se existem larvas”.


A educação ambiental também é utilizada como estratégia para a prevenção da doença. O programa institucional Diário de Ideias, da Proexc, com o auxílio de professores da escola técnica de saúde da UFU, realizou visitas a turmas do Ensino Fundamental I da Escola Eseba para incentivar as crianças no combate à dengue. Foram realizadas experiências que envolvem a observação das fases do Aedes Aegypti em microscópio e depois rodas de conversa com o professor João Carlos, um dos coordenadores do projeto. “Nós ficamos uma tarde na escola e os alunos do ensino fundamental vivenciaram vários momentos conosco, levamos as lupas microscópicas, ovos, larvas e os protótipos, para mostrar para as pessoas o que nós fazemos” disse o professor.


Além das iniciativas criadas na universidade, a UFU também é beneficiada pelos programas de combate à dengue da Prefeitura de Uberlândia. Um deles é o termonebulizador, popularmente conhecido “Carro de fumacê”, que contempla os campi da cidade. O veículo passa por todos os bairros liberando uma espécie de inseticida que elimina o mosquito. O veículo realiza a aplicação do produto químico, composto de Praletrina e Imidaclopride, no período das 17 horas às 23 horas, momento de inversão térmica, no qual o inseto apresenta um maior deslocamento, pois o produto só atinge indivíduos adultos que estejam voando.


Transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença infecciosa que pode se desenvolver de maneira leve ou grave, a depender de fatores como: o tipo de vírus, a ocorrência de uma infecção anterior por dengue ou a preexistência de doença crônica. A transmissão ocorre principalmente em áreas urbanas, uma vez que, estas são mais favoráveis para a proliferação do mosquito. Fatores como temperatura, umidade e precipitações durante o ano podem favorecer a reprodução do agente transmissor, bem como condições de saneamento, falta de coleta de resíduos e ausência de rede de água tratada.


Cuidados individuais para prevenção da dengue


Além dos projetos e iniciativas desenvolvidos pela prefeitura e pela UFU, existem cuidados que devem ser tomados individualmente para o combate à doença. É válido lembrar que a melhor maneira de combater a dengue segue sendo evitar a proliferação do Aedes aegypti, eliminando focos de água parada, que podem se tornar criadouros do mosquito em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e piscinas sem uso. Dar preferência para a utilização de roupas mais compridas (que cubram mais áreas do corpo) e o uso de repelentes diariamente, são medidas que podem contribuir para evitar o contágio. É válido ressaltar que os repelentes devem ser regulamentados pela ANVISA, cremes e outros produtos com fragrâncias não tem comprovação científica para repelir o mosquito. Também é importante estar atento aos sinais da doença, para que o médico possa ser consultado de forma imediata. Os sintomas clássicos da dengue são: febre alta com início súbito, dores de cabeça, dor atrás dos olhos, perda de apetite, náuseas, tontura, extremo cansaço, manchas e erupções vermelhas na pele, dores no corpo, nos ossos e articulações.

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