Além de encontrar produtos e típicos da região, o local é uma importante referência cultural da cidade
Por Ítana Santos
Udi, Udão, Uberlândia, capital do triângulo mineiro, da logística, o portal do cerrado. A casa da nossa querida Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e deste jornal que vos informa, o Senso (in)comum. A cidade completou nesta semana, no dia 31 de agosto, terça-feira, seus 133 anos de história. Aquela que antes era a vila de São Pedro de Uberabinha, distrito da vizinha Uberaba, hoje é a grande Uberlândia, segunda cidade mais populosa de Minas Gerais.
Você que mora em Uberlândia, ou que futuramente irá visitar a cidade, aceita uma dica de passeio gastronômico por aqui? Não deixe de "passar ali" no mercado municipal, um dos principais atrativos turísticos da cidade. Se quiser dar uma olhadinha no que poderá encontrar neste passeio é só entrar no Instagram do Senso Incomum - Foto. O perfil contou com a exposição de uma fotorreportagem desenvolvida no local por dois alunos do curso de jornalismo da UFU.
Situado na rua Olegário Maciel, nº255, esquina com a avenida Getúlio Vargas, o mercado municipal oferece produtos caseiros da região, frutas, legumes, carnes, laticínios, congelados, além de restaurantes com alguns pratos típicos e espaços para a venda de produtos artesanais. O local foi construído em 1944, no mandato do prefeito Vasconcelos Costa até 1977, e inicialmente era um centro atacadista de frutas, verduras e legumes. Somente depois, tornou-se um comércio de produtos típicos da região. Em 2009, após uma revitalização no local, passou a contar também com um espaço cultural.
Cecília Almeida e Genivan Júnior, os estudantes que fizeram uma fotorreportagem do local em 2018, não são naturais de Uberlândia. Embora frequentassem a cidade algumas vezes em passeios com a família antes de terem que morar na cidade para cursar a faculdade, e por ventura visitavam o mercado municipal, eles reconhecem a importância cultural e histórica do local e afirmam que indicariam o passeio a qualquer pessoa.
"Acho o local essencial como parte da história da cidade, tanto que levaria alguém de fora para conhecer o mercado. Eu particularmente amo o doce de leite e um queijo que a gente encontra lá. Além das exposições que acontecem no anexo e contam a história da cidade", afirma Genivan.
A escolha do mercado municipal para fazer as fotografias se deu porque ambos queriam um local que pudessem explorar as questões técnicas do trabalho, como planos, ângulos e enquadramentos, e também para valorizar os elementos históricos e culturais ali presentes. Eles aproveitavam os horários de almoço para irem até lá tirar as fotos e precisaram de três dias para concluir o trabalho. A câmera chamou atenção de alguns feirantes, tanto que acabou rendendo um mimo aos dois.
"Um dos comerciantes locais do mercado nos pediu para tirar fotos de um dos pratos novos do cardápio do restaurante dele, e, em troca, nos deu um almoço", lembra Cecília, que também se lamenta por não ter frequentado o mercado tanto quanto gostaria e agora, depois da pandemia da Covid19, não retornou ao local nenhuma vez.
Então, vamos todos - Cecília, Genivan, nós do Senso (in)comum e você leitor, - combinar que nossa próxima parada após a pandemia será o mercado municipal. Acho que depois desta leitura não teve como não ficar com vontade de desfrutar de um belo docinho do local.
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