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Quem fala demais dá bom dia a cavalo

  • Foto do escritor: Senso Incomum
    Senso Incomum
  • 29 de jun. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 29 de nov. de 2021

Por Túlio Daniel


Em certas ocasiões, ficar calado é melhor do que falar o que não se deve. O velho ditado já nos antecipa que "quem fala o quer, ouve o que não quer". Antes fosse a resposta apenas um insulto ou xingamento... no entanto, no momento em que quem não possui filtro e nenhuma estabilidade racional é o presidente de um país, o "bom dia a cavalo" se torna perigoso e reflete na vida da nossa própria população.

Bolsonaro, o violonista do nosso Titanic. Foto: Mauro Pimentel/AFP

No mês passado, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a insinuar que a pandemia de Covid-19 foi ocasionada pelos chineses. "Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual país registrou o maior crescimento do PIB? Não vou contar para vocês", declarou. Ele se baseou no fato de que a China é o único membro do G20 a registrar crescimento econômico em 2020. E essa não foi a primeira vez que Bolsonaro faz esse tipo de declaração.


Em um cenário onde a China é a principal exportadora de insumos para a produção da vacina contra o novo coronavírus – e considerando que, em passado não distante, as relações do país com o Brasil estavam bem estabelecidas graças ao bloco econômico BRICS –, esse tipo de atitude do presidente deixa de ser até mesmo infantil: passa a ser irracional. Infelizmente, parece que os brasileiros estão em um navio em rota de colisão com um iceberg. E, enquanto isso, o presidente segue tocando um violino, como se nada estivesse acontecendo. Um novo Titanic.


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