Por Maria Julia Araújo
Blog 4Estações
Recentemente, muitos cantores de funk têm abordado temas delicados em suas músicas. Assuntos que antes, para muitos, eram tabus, hoje estão sendo cantadas e tocadas nas casas de milhões de jovens no país.
Falar sobre violência contra mulher, drogas, entre outros assuntos, sempre foi importante, porém nunca debatido, por causar desconforto para quem está falando. Nas redes sociais é muito comentado o termo ‘militante’ e muitos o levam para o lado negativo do movimento, o que acaba deixando as pessoas ainda mais desconfortáveis para tratarem de certos assuntos.
A juventude de hoje ter acesso a este tipo de trabalho ajuda no desempenho para criar jovens mais responsáveis e mais engajados nas causas sociais. Vemos a sociedade mais antiga de olhos muito fechados para assuntos com pautas desse tipo, por esse motivo, a importância de mostrar para os jovens esse lado é fundamental.
Uma das pessoas responsáveis por esse movimento social é o DJ Alok, que vem cada dia mais inserindo no funk suas batidas com letras conscientes para alertar a sociedade da relevância de se manter por dentro das causas.
Recentemente, o DJ lançou em parceria com MC Hariel, Dricka, Marks, Leozinho ZS e Davi a música 180 que fala sobre violência da mulher. A canção busca conscientizar a sociedade que não existe “não meter a colher” em uma briga de casal, porque isso pode salvar uma mulher. Na gravação do videoclipe, todas as mulheres convidadas se emocionam enquanto os MC 's estão cantando e isso mostra um pouco do que muitas passam em suas casas todos os dias.
Além de 180, o DJ também tem outra parceria com Hariel e Davi, além de MC Ryan SP e Salvador da Rima. Cracolândia fala sobre a realidade de muitos jovens da periferia e busca mostrar que o problema não é simples como parece, pois envolve muitas questões sociais. Apontar um usuário e suas condições é a parte mais fácil do processo, mas ver a origem do vício e o que causou isso é que faz parte do processo.
O funk é o ritmo mais escutado entre os jovens e ter cantores que levam essas letras até eles é algo que deve continuar cada vez mais.
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