Por Wanessa Borges Araujo
PET Conexões
No século XXI se faz necessário ter no processo educativo a práxis educomunicação, que envolve não somente a tecnologias (TICs), mas a comunicação e informação nos processos midiáticos que estão presentes em nossas vidas desde pequenos. Dessa forma, a escola entra como um lugar de aprendizagem humana, pois é ela quem repassa o conhecimento científico e o conhecimento de senso comum (cultura popular), tornando possível o diálogo entres esses saberes construído pelo o homem.
A educação infantil não tem somente o papel de socializar, mas é bem amplo e complexo, pois envolve parte cognitiva, motora, afetiva entre outras que fazem parte do seu desenvolvimento, decorrendo por meio de estímulo, pelo lúdico (brincadeiras). Muitas dessas crianças já vêm com algum conhecimento educativo adquirido pelo ambiente onde a criança está inserida, seja núcleo familiar ou nas mídias eletrônicas seja pelo celular, televisão etc; isso se tivermos falando de crianças que nasceram em classe média e alta, onde seu desenvolvimento serão potencializados através da cultura e a oralidade. Apesar do Brasil ser desigual e debatemos sobre inclusão digital, são poucos os que podem ter esse privilégio infelizmente.
Os grandes desafios a se pensar na educação infantil e de que forma podemos utilizar as mídias como algo de exploração e imaginação, brincadeira e experiência pelas crianças, onde de fato o educador possa ser o mediador. Eventualmente essas mídias são utilizadas como meio de controlar seu corpo para que os pequenos fiquem calmos e quietos.
No curso de pedagogia não há uma matéria específica para que os educandos possam entender os processos mediáticos e a Educomunicação, estes são entendidos como processos da tecnologia, dificultando a sua compreensão. A não utilização dos instrumentos que podem servir para a aprendizagem de forma adequada como, jornal impresso, revista, televisão, música (áudio), histórias entre outras, não fazem projetos que envolvam a comunicação entre adultos e a percepção de mundo da criança, deixando de informar sobre o mundo real da criança.
Portanto, cabe aos educadores junto com o jornalismo puxarem para si a responsabilidade de fazerem de fato uma alfabetização midiática começando pela educação infantil a utilizarem de forma correta as mídias, e perceber de fato o mundo da criança com o seu olhar, não com o olhar do adulto querendo protegê-la, mas respeitá-la como sujeito de direito.
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