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É ano de Copa?!

  • Foto do escritor: Senso Incomum
    Senso Incomum
  • 8 de jun. de 2023
  • 3 min de leitura

Maior visibilidade em grandes veículos pode valorizar e incentivar outras mulheres na prática esportiva


Por Lucas Samuel e Sankey Gabriel


A nona edição da Copa do Mundo Feminina de Futebol de 2023 acontece entre 20 de julho e 20 de agosto em dois países, Austrália e Nova Zelândia. A organização, Football Australia, tem a expectativa de quase dois bilhões de telespectadores. Assim, a competição pode dobrar a audiência da última edição, em 2019, com 1,12 bilhão de espectadores, segundo a FIFA.

Outros recordes serão superados na Copa de 2023, como o total de 32 times participantes, oito a mais que em 2019. Além disso, o campeonato mundial repartirá cerca de R$792 milhões entre essas equipes, mais que o triplo da última edição. Caso faça gol, a camisa 10 do Brasil, Marta, se tornará a primeira, entre homens e mulheres, a balançar a rede em seis edições de Copa.

Na busca pelo primeiro título, o Brasil chega ao Grupo F com histórico favorável, tendo em vista os últimos jogos. Contudo, ainda na fase de grupos, as brasileiras enfrentam a França, responsável pela eliminação verde e amarela em 2019.


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Apita o juiz

Pela segunda vez, o Grupo Globo irá transmitir em rede nacional aberta a Copa do Mundo Feminina de 2023. Diferente do último mundial, onde a emissora transmitiu apenas os jogos da seleção brasileira e atingiu o marco de 30 milhões de telespectadores no jogo do Brasil contra a França, segundo o IBOPE . Neste ano, a TV Globo transmitirá 56 das 64 partidas do campeonato.

Além do canal, o streamer Casimiro também exibirá o mundial, depois do sucesso da cobertura feita pelo empresário na Copa do Mundo masculina do ano passado. O canal do youtuber, CazéTV, exibirá todos os jogos de forma gratuita. Para reforçar a representatividade feminina, a jornalista Fernanda Gentil se junta ao time.


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Goleira do Futel/Praia Clube se alonga para o treino. Foto: Sankey Gabriel

Bola na trave

Apesar da maior divulgação da Copa Feminina por esses canais, há diferença na visibilidade em relação à categoria masculina. “Ainda é uma diferença gritante, mas eu acho que aos poucos ela está diminuindo. Hoje o mundo grita por uma igualdade, mas isso não virá da noite para o dia”, declara a técnica do time de futsal Futel/Praia Clube, Juscelina Domingues.

Para Juscelina, a ampla divulgação de um evento como a Copa pode inspirar outras meninas a praticar o esporte. Ela acrescenta que seria um apoio ainda maior se o futsal e o futebol de campo feminino fossem comandados por mulheres, porque a visão de uma mulher para uma outra é diferente da visão de um homem.


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Jogadoras do time Futel/Praia Clube fazem treino de passe e drible para a próxima competição. Foto: Sankey Gabriel

Este ano, o Brasil se candidatou para sediar a Copa de 2027, decisão que a técnica do time feminino do Uberlândia Esporte Clube, Dani Alves, apoia. "Qualquer tipo de visibilidade é favorável”, enfatiza Dani. A treinadora acrescentou que, para a próxima edição, o governo também precisa subsidiar as categorias de base, "senão as atletas ficam mais velhas, vão parando e os times não vão se renovando”.


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Em preparação, a goleira Yasmin treina todos os dias. Foto: Lucas Samuel

É gol

A transmissão da Copa de 2023 e a possibilidade de sediá-la no Brasil podem impactar universitárias, sobretudo jovens atletas. Um exemplo é a atleta, Ingrid dos Santos, jogadora de futsal da Atlética Educação Física UFU. "Muitas meninas não querem jogar, às vezes não animam a treinar por conta da falta de apoio e visibilidade”, declara Ingrid. Para ela, isso também se deve ao esporte ser, historicamente, de predominância masculina, além de destacar que ações de visibilidade podem dar uma força maior às jovens atletas.


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O time de futebol feminino do Uberlândia Esporte Clube foi criado em 2022. Foto: Lucas Samuel

A Copa Inter Atléticas, maior evento de esporte universitário entre atléticas, não possui a categoria feminina de futebol de campo. “O futebol de campo acaba ficando um pouco mais pesado, porque gera um gasto muito maior”, enfatiza Juscelina. De acordo com a técnica, alguns dos motivos para isso são a falta de atletas e a dificuldade de locomoção para as competições.



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